Só Mais um Dia - Extremos - criado por Daniel Arcos
segunda-feira, 4 de maio de 2015
terça-feira, 16 de abril de 2013
ENTREVISTA COM WILL CONRAD DESENHISTA DA DC COMICS
Em outubro de 2012, na New York Comics Con, tive o prazer de conhecer vários artistas brasileiros que fazem sucesso no exterior como desenhistas de histórias em quadrinhos. Entre eles estava o Will Conrad, que já trabalhou pra várias editoras americanas e hoje está com a DC Comics. Sinto
muito orgulho em poder trazer pra vocês uma entrevista com o Will que foi muito legal ao aceitar responder umas poucas
perguntas falando sobre como ele começou e a visão dele sobre o mercado
de quadrinhos atual. E é ele mesmo quem se apresenta agora pra vocês!
Oi
Will, tudo bem? Eu gostaria que vc se apresentasse (como se precisasse, né?
rsrs) E nos dissesse como foi o começo da sua carreira?
Bom, trabalho como quadrinista para o
mercado americano há aproximadamente 12 anos. Antes disso, trabalhei como
ilustrador por vários anos para revistas, livros, publicidade. Ao todo já são
mais de 20 anos como artista.
Comecei a desenhar muito cedo. Na
verdade nem sei bem quando isso começou, porque gosto de desenhar desde que me
entendo por gente. Minha história com os quadrinhos começou também bem cedo,
primeiro com as estórias infantis e depois com os contos de terror da década de
70 e 80.
Meu primeiro trabalho como profissional
de quadrinhos no mercado americano foi como arte-finalista de Buffy
- The Vampire Slayer
pela Dark Horse, e depois disso já desenhei para as principais editoras
americanas: Dynamite, Top Cow, Valliant, Marvel e DC.
Depois de mais de 5 anos trabalhando
exclusivamente para a Marvel - onde assinei Wolverine Origins, X-23, Black
Panther, New Avengers, Capitain America e X-Men - desde 2012 venho trabalhando
com a DC, onde já desenhei Teen Titans, Outsiders, Stormwatch e Red Lanterns.
E você
chegou a publicar algo no Brasil?
Nada
de importante na área de quadrinhos. Quando trabalhava como ilustrador eu
cheguei a desenhar fanzines, mas sempre como hobby e não chegou a ter muita
expressão.
Como
ilustrador, cheguei produzir para muitos livros didáticos, empresas e campanhas
de publicidade, comunicação empresariado entre muitos outros.
Você
tem vontade de publicar trabalhos autorais aqui no Brasil?
Tenho
sim. Há um projeto pessoal que venho desenvolvendo com um amigo, e a intenção é
conseguir publicar aqui e no exterior.
Como
você vê o mercado nacional hoje? Tem futuro?
Acho
que tem futuro sim. Apesar de ainda ser um mercado muito amador, e com pouca
valorização do profissional de quadrinhos, tenho observado um crescimento tanto
na demanda quanto na produção de novos materiais. Espero que algum dia eu possa
pagar as contas do mês trabalhando para o mercado nacional.
Que
conselhos você dá pra quem quer trabalhar com HQ?
Invista o máximo de tempo que puder no
aprendizado das técnicas de narrativa e ilustração. desenhe de tudo, e faça
páginas completas como estudo. Desenhe aquilo em que é bom e se concentre em
seus pontos fracos para se tornar um desenhista mais completo. Nunca pare de
aprender, mesmo que seja um profissional estabelecido no mercado. Seja
apaixonado pelo que faz e se divirta dando vida aos personagens!
Will,
eu agradeço em nome de toda a família Hotmind Comics, por você ter cedido um
pouco do seu tempo pra nos dar essa entrevista! Tenho certeza que todas as pessoas
que vierem a ler essa entrevista vão aproveitar demais por conhecer como você
começou e suas dicas e poder, quem sabe, traçar seus próprios rumos a partir do
seu exemplo. Obrigado!
Da esquerda para a direita: Angelo Whosoever (Hotmind Comics), Fabio Laguna (DC Comics), Will Conrad (DC Comics), Daniel Costa (Hotmind Comics) e Luke Ross (Marvel Comics)
Clique na foto e veja mais algumas fotos da NY Comic Con de 2012
,
sexta-feira, 15 de março de 2013
Brasília, referência de produção de HQ no Brasil
Então um dia eu pensei: E se os quadrinistas de Brasília se reunissem para criar um grupo forte que pudessem lutar juntos para criar um mercado de HQ's daqui? Nós temos excelentes artistas, com trabalhos que chamam atenção pela criatividade e pela originalidade, casos como Nestablo Ramos, destacado no mercado nacional, também do Wesley Samp e do Leonardo Maciel com tiras online com uma quantidade enorme de leitores. Esses artistas são daqui, produzem aqui, mas o mercado da capital não é seu principal público, porque? É claro que muito Brasiliense conhece o trabalho deles, óbvio, mas creio que muita gente que não conhece suas histórias de vida podem achar que esses caras estão em São Paulo ou outro lugar qualquer.
Brasília não tem tradição em histórias em quadrinhos, aí alguém pode dizer que o Brasil não tem tradição, mas isso não é bem verdade, basta ver quantas comic shops e quantos eventos de quadrinhos existem pelo país. Aqui não temos quase nada e o que tem é muito pequeno. Pode ser falta de leitores? Creio que não, afinal Turma da Mônica, Marvel, DC e Mangás vendem muito aqui também.
Eu tenho certeza que com uma ação conjunta, planejada e corajosa, pode nos trazer bons resultados com relação a um mercado brasiliense forte. Eu fico me peguntando porque o Samp não tá publicando toda semana no Correio Braziliense? Não faz sentido comprarem autores de fora quando tem um cara desses aqui. Porque o Verdugo da Verônica Saiki também não está lá?
É hora de fazermos um rebuliço, a união faz a força e temos um mercado que está ansioso por nos conhecer, por ter a todos nós como modelos. Muitos jovens correndo atrás pra criar e sem referências, achando que tem que ir pra fora pra poder fazer algo. Esse é o momento de fazer algo acontecer, não precisamos mais esperar, temos que botar a mão na massa e mostrar nossa cara. Vai levar algum tempo, mas vai ser muito bom.
Foi com essa intenção que criei o QIB - Quadrinistas Integrados de Brasília, é um grupo do Facebook onde coloquei juntos todos os quadrinistas daqui que conheço e depois os amigos foram acrescentando outros. É o início de um trabalho de integração que deve gerar frutos logo!
É isso, por enquanto!
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